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A Cidade

Brotas de Macaúbas é um município brasileiro do estado da Bahia, na microrregião da Chapada Diamantina, a 580 km da capital. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 10 341 habitantes.[3]

Visão geral

Nascida nas terras desbravadas pelo sertanista Romão Gramacho, na segunda metade do século XVIII, há registros de que foi nesta região onde se encontraram os primeiros diamantes na então província da Bahia.

Por várias vezes, Brotas figurou no cenário político nacional. Primeiro, quando das contendas entre o Coronel Militão Rodrigues Coelho e Horácio de Matos na segunda década do século passado, disputas que envolveram cidades como Brotas, Barra do Mendes e Campestre (atualmente a sede foi transferida para Seabra), entre outras, e, ainda mais recentemente, nos anos da ditadura militar, quando foi assassinado no povoado de Pintada, distrito de Ibipetum, município de Ipupiara, o capitão desertor Carlos Lamarca.

O filho mais ilustre da cidade é o acadêmico e geógrafo Milton Santos, conhecido internacionalmente.

História

Em 1751 Manoel de Saldanha da Gama e sua mulher Joana da Silva Guedes de Brito, herdeira desses sertões – doaram ao capitão-mor Romão Gramacho Falcão os terrenos intermediários aos rios Paramirim e Jacaré (APEB, SJ/15/91, f. 27 v), que envolvem, atualmente, vários municípios, desde Brotas de Macaúbas a Irecê. Após a doação das terras da Chapada Diamantina, Romão Gramacho começa o povoamento da região sempre em busca de ouro e diamantes. Em 1755 ergue a igreja de São Miguel das Figuras, padroeiro dos garimpeiros em Gameleira (atual Ibipetum), funda os povoados de Oliveira dos Brejinhos e Caiam Bola, que posteriormente ficou conhecido como Brotas de Macaúbas. Foi ali que em 1792, Romão Gramacho descobre os primeiros diamantes da província da Bahia, essa região ficaria conhecida como Chapada Velha.

Pode-se afirmar que o município deve sua origem ao aparecimento de jazidas carboníferas e auríferas em seu solo, quando das primeiras penetrações, em 1755, pelo português Romão Gramacho, o qual denominou esse novo eldorado Caiam-bola (nome originário da Carambola, fruta que era abundante à época). Dessa descoberta, houve posterior aglomeração humana, nascendo ali o povoado iniciado na fazenda de propriedade de Antônio Alves de Oliveira, que posteriormente fez doação de sua herdade à capela ali existente.

Pela Lei Provincial nº 256, de 17 de março de 1847, o povoado foi elevado à freguesia com o nome de Vila Agrícola de Nossa Senhora de Brotas de Macaúbas, originário do fruto da macaba e tendo como padroeira Nossa Senhora das Brotas.

Elevada à categoria de município com a denominação de Brotas de Macaúbas, pela Lei Provincial nº 1817, de 16 de julho de 1878. Sede na atual Vila Agrícola de Nossa Senhora de Brotas de Macaúbas, ou simplesmente Brotas de Macaúbas. Instalada em 20 de junho de 1882.

Teve o nome alterado para Brotas pelos decretos leis estaduais nºs 7.455, de 23 de junho de 1931 e 7.479, de 9 de julho de 1931.

O nome Brotas de Macaúbas foi restaurado pelo Decreto-lei Estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, confirmado pelo decreto estadual nº 12.978, de 1 de junho de 1944.

Brotas teve seu território desmembrado para formar os Municípios de Oliveira dos Brejinhos, em 1933, Barra do Mendes e Ipupiara, em 1958 e Morpará, em 1962.

O significado do atual topônimo foi a adoção do nome da padroeira (Nossa Senhora das Brotas), acrescido de Macaúbas (vocábulo tupi que significa o fruto de macaba), os nativos de Brotas de Macaúbas são chamados brotenses.

Distritos

  • Brotas de Macaúbas (47560-000)
  • Ouricurí do Ouro (47565-000)
  • Saudável (47570-000)
  • Cocal (47575-000)

Economia

A economia de Brotas, outrora próspera pela extração de diamanteouro e turmalina, assim como pela criação de gado, passou por várias crises. Merece destaque a agricultura na década de 1950, com uma safra recorde de fumo nas localidades de Lagoa de Dentro e Gameleira (atual Ibipetum). A agricultura e a pecuária hoje são exploradas na região apenas para subsistência. Digna de nota é a extração de cristais de quartzo, atividade muito difundida nas décadas de 1970 e 1980.

Dados geográficos

  • Latitude: 12º00'02" S
  • Longitude: 42º37'44" W
  • Altitude:
    • 900 m (média)
    • 1151 m (máxima)
  • Bacia hidrográfica: São Francisco
  • Região: Chapada Diamantina
  • Rios principais: riacho das Telhas/Brotas, córrego Pau Louro
  • Ocorrências minerais: amianto, barita, cobre, cristal de rocha, diamante, ferro, manganês, ouro, quartzito, mármore.

Clima

  • Tipo climático: Tropical de Altitude tipo Cwa, com quase ausência total de pluviosidade entre os meses de maio a setembro. Com Chuvas concentradas no 2º mês da primavera, em todo o Verão, e no início do outono entre março e abril.
  • Temperatura média anual
    • min.: 16, 1 °C
    • média: 20,6 °C
    • máx.: 25,4 °C
  • Período chuvoso: Novembro a Março
  • Pluviosidade anual:
    • min.: 309 mm
    • média: 723 mm
    • máx.: 1593

Intendentes e Prefeitos

  • Capitão Antônio Sodré de Araújo Barreto (1º Intendente Municipal);
  • Antônio Custódio de Sousa;
  • Rosendo do Amorim;
  • Cel. José Martins do Espirito Santo;
  • José João de Oliveira;
  • Militão Rodrigues Coelho;
  • Horácio de Matos;
  • Padre Carrilho;
  • Eziquiel de Matos;
  • Pedro Rosa;
  • João Arcanjo Ribeiro;
  • Aurelice Barreto Farias

Outras informações

  • DDD: (77)
  • Voltagem: 220V
  • De acordo com a JUCEB, o município possui 15 indústrias, ocupando o 126º lugar na posição geral do estado da Bahia, e 172 estabelecimentos comerciais, 195ª posição dentre os municípios baianos. Seu parque hoteleiro registra 73 leitos. O consumo elétrico residencial médio é de 55,22 Kwh/hab - 301º no ranking da Bahia.

Referências

  1.  [https://www.cidade-brasil.com.br/resultatdos-da-eleicao-brotas-de-macaubas.html
  2.  IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
  3. ↑ Ir para:a b «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 23 de setembro de 2018
  4.  «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil»Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013
  5. ↑ Ir para:a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010

Ligações externas